O FUTURO DA HUMANIDE - REFLEXÕES






sábado, 14 de maio de 2011

0008 - UMA ALTERNATIVA TEOLÓGICA PARA A HUMANIDADE.


Gostaria de lembrar, inicialmente, que as possibilidades aqui postas, são possibilidades apenas, nada mais. O fato de, hoje, eu pensar assim, não me transforma num convicto fundamentalista, fanático que pensa ser o dono da verdade. Frente a falta de explicações universais, indubitáveis para o tema, cada um tem o direito de pensar como quiser. Porém, entre todas as teologias  que conheço e que pretendem explicar a questão do nosso destino após esta vida e, explicar a questão do MAL na vida dos seres humanos, optaria, sem dúvida pela minha. Vejamos como percebo esta realidade:

Existem leis universais que até Deus respeita, pelo simples fato de fazer parte da sua natureza e constituição: princípios do Direito, do amor, da ética, do BEM etc.. E, um destes princípios refere-se à forma de “como os seres inteligentes adquire o conhecimento e a aprendizagem”. É este princípio que fundamenta a minha tese. Vejamos em que consiste o mesmo:

1 - “O conhecimento e a aprendizagem nos seres inteligentes só ocorre, e se efetiva, pela comparação de um objeto, de um fato ou de uma realidade com seus opostos ou antíteses”. Exemplo: só aprendemos que branco é branco por comparação com o preto; só aprendemos a conhecer o verde porque comparamos com o amarelo que por sua vez comparamos com o vermelho e assim por diante; só conhecemos a claridade, a luz, por comparação com a escuridão; só concebemos o espaço por comparação com a matéria que o preenche em determinados lugares; só conhecemos o frio porque vemos a diferença, quando comparamos ao calor. Assim, ocorre, absolutamente, com todas as coisas e ou realidades.
Portanto, para conhecermos a alegria e a felicidade eternas, isto é, o “PARAÍSO”, o BEM que herdaremos após esta vida, há a necessidade de conhecermos, antes, a dor e o sofrimento, artificiais e passageiros desta vida terrena. E, por isto e, para isto, estamos aqui.

2 - A realidade verdadeira é "espiritual" (lugar onde existe o conhecimento absoluto) e, é a essência última de tudo, é o PARAISO se preferir assim chamar. É um lugar onde existe a independência total das limitações impostas pelo trinômio tempo x espaço x matéria que nos tornam falíveis, limitados, perecíveis e mortais, aqui nesta vida. É um lugar onde o CONHECIMENTO ABSOLUTO já existe, já foi conquistado pela ciência e o conhecimento. Quem sabe por uma civilização cuja evolução esta há milhões de anos a frente da nossa e que já tenha atingido, há muito, o CONHECIMENTO ABSOLUTO.

Portanto creio, a humanidade ao partir desta vida terrena restabelece a consciência imediatamente, nesta outra dimensão. Creio que aí, a forma de existência do "ser" (ou consciência) pode não ser, necessariamente, material. Já que o conhecimento absoluto permite esta possibilidade. O domínio, o conhecimento e a possibilidade de interferência no TEMPO, no ESPAÇO e na MATERIA, que estamos construindo através da ciência, tenho certeza, nos levará, também, até este estágio de desenvolvimento (conhecimento absoluto).

Estágio este, que já existe em algum lugar ou dimensão do universo. E que esta sendo replicado por nos, através da nossa odisséia terrena; Talvez, para uma reciclagem acerca da percepção do BEM, através das experiências que aqui temos com o MAL; Talvez, por sermos seres em processo de criação e ainda não termos passado por este momento de aprendizagem; Talvez, por estarmos fazendo parte de um “projeto de regressão” para o auto-descobrimento de nós mesmos, ou de nossa origem.

3- A dimensão "espiritual" é única, não existe oposto ou antítese. Inferno não existe muito menos demônios.
Pensemos também que, se a dimensão do BEM a "espiritual" a definitiva e eterna, chamada PARAÍSO, tivesse uma dimensão oposta, uma antítese real e antagônica, a do MAL, chamada INFERNO, não haveria necessidade de "Deus" criar uma existência material, artificial e temporária para o ser humano, para demonstrar o BEM, através da sua antítese, o MAL. A percepção da diferença e a aprendizagem seriam apreendidas automaticamente dentro do mesmo nível de existência, já que as duas realidades "espirituais" seriam, naturalmente, opostas e contrastantes.

Não haveria necessidade de criar ou de aprimorar seres, essencialmente "espirituais" e eternos, na forma material, carnal; com existência temporária, como a nossa; sujeitos a todos os tipos de falibilidades e sofrimentos; não haveria necessidade de passarmos pelos traumas do nascimento e da morte física.

4 – O MAL não é eterno, não é transcendental, só existe nesta dimensão material. É artificial, temporário e finito. Quando, abatidos por ele, fecharmos os olhos nesta dimensão, abriremos na outra, na "espiritual". O mal não tem existência eterna, é ilusório, é artificial, Não transcende o mundo material. É como um filme projetado em uma tela encerra-se a projeção, acaba-se a existência daquela realidade.

O MAL tem o propósito, EXCLUSIVO, de tornar o BEM, o Paraíso, algo perceptível e evidente, através de um processo pedagogicamente correto e, absolutamente, necessário (conhecer, o BEM, pela sua antítese, o MAL).

5 – Foi delegada, também, ao próprio homem a responsabilidade pela promoção do MAL nesta vida terrena. Através de um atributo da natureza humana chamado egoísmo, o homem é capaz de promover com incrível competência, determinação e impiedade, o mal para si próprio e ou para seus semelhantes.

Como não existem demônios para promover o mal, coube ao próprio homem, à natureza e às fatalidades, fazê-lo. Assim os grandes e pequenos tiranos e malfeitores da humanidade não estariam fazendo nada mais do que cumprir uma espécie de missão. Afinal, não é fácil promover uma guerra, um genocídio um assassinato ou outras algozarias quaisquer.

Fazer o MAL pode ser uma missão recebida, assim como fazer o BEM, também pode ser. O que importa é que nesta vida todos, sem exceção, bons e maus, recebem a ação do mal, fato indispensável para o cumprimento do objetivo da nossa odisséia na terra: conhecer a antítese, o contraste do BEM, para que o mesmo se torne, plenamente, perceptível como algo realmente fantástico.

Lembremos do primeiro principio: Só podemos conhecer uma realidade através do conhecimento da sua antítese.


Antonio Ferreira Rosa.

Postado por Antonio Ferreira Rosa às 17:19

5 comentários:

  1. Oi, Antônio! Seu site é um paraíso ateu... rsrsrs Olha, pra não ficar muito longo meu coment, vou me ater só a esse tópico:

    2 - A realidade verdadeira é espiritual e, é a essência última de tudo, é o PARAISO se preferir assim chamar. É um lugar onde existe a independência total das limitações impostas pelo trinômio tempo x espaço x matéria que nos tornam falíveis , limitados, perecíveis e mortais aqui nesta vida.


    Veja: falar e escrever, depois que se aprende, é extremamente fácil e cada um fala ou escreve o que quer ou o que lhe vem na telha.

    Mas o que a gente transmite nessas mensagens é passível de avaliação por parte de quem as recebe. E é essa avaliação que dá crédito ou não a essas mensagens.

    Por exemplo, eu nunca fui à Lua, mas "acredito" nas informações que existem sobre ela. Imagine, por exemplo, que eu já estivesse vivo em 1969, e ouvido os astronautas que primeiro pisaram na Lua dizerem que lá era repleto de criaturinhas mágicas, e que as rochas eram feitas de algodão doce. Eu não iria acreditar, e talvez ninguém fosse. Mas certamente os astronautas teriam que dar algumas provas sobre o que eles encontraram, pois ninguém iria confiar nesse achado maluco.

    Mas se os astronautas dizem que lá a superfície é arenosa, que o satélite é deserto, que a gravidade é muito menor do que a da Terra, eu não acho absurdo porque tudo parece bem coerente com o mundo em que eu vivo, com a realidade a que estou acostumado, e com o meu parco conhecimento científico. E, mesmo assim, as provas que eles trouxeram sem eu pedir, corroboram o que eles relataram.

    Agora, você dizer que sabe o que vai se passar com a humanidade, não em um satélite, não em outro planeta, mas numa outra dimensão, só pode mesmo produzir essa pergunta: COMO VOCÊ SABE DISSO?

    Ora, nós compartilhamos o mesmo tipo de cérebro e não há nada no seu que não haja no meu. É inadmissível você ter conhecimentos sobre uma outra dimensão que sejam inacessíveis a mim.

    Daí vc responde: a fonte do meu conhecimento é a Bíblia? Ora, como o cara que escreveu a Bíblia sabia disso? A pergunta se repete e só muda de endereço. E quando vc argumenta que foi inspiração divina... aaaaaaahhh, aí toda a sua tese desmorona, porque cada cultura tem uma inspiração divina que aponta pra uma dimensão mágica diferente, governada por um criador do universo diferente. Para o seu Deus existir, todos os outros precisariam existir também. Não há porque considerar apenas o "seu" Deus verdadeiro.

    Ah, claro, há sim: sua vontade de que assim seja.

    Mas vontade pura e simplesmente não tem poder pra criar uma dimensão mágica.

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  2. GRANDE BARROS

    Bom Dia!

    Vou lhe fazer uma pergunta, sem segundas intenções, sobre uma dúvida que passei ter sobre você nos últimos tempos: você tem certeza que é Ateu? Eu tenho dúvidas. Penso que ateu é uma pessoa que acredita seriamente que Deus não existe. É, você acredita que Deus existe. A provas disto é a grande freqüência com que você o adjetiva: maldoso, tirano, assassino etc. Adjetivos são qualidades do ser. Não se pode atribuir qualidade a alguém que não existe. Se você atribui logo você tem certeza que Deus existe.

    Me explica essa meu caro BARROS.

    Abraços.

    Antonioferreirarosa.Blogspot.com

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  3. Caro Vanderlei

    Bom dia!

    Vou repetir a pergunta que lhe fiz há alguns dias no blog do Barros e que você ainda não me respondeu: já que você concorda comigo que não existe inferno nem demônio, mas não concorda comigo que todos, bons e maus, irão para o paraíso, então para onde irão, após a morte, os grandes “demônios” e ‘malfeitores da humanidade? Não vale dizer, como os adventistas que, virarão cinzas ou, como os católicos, para o purgatório ou, como os espíritas, para uma nova reencarnação. Ou, como os ateus virar poeira cósmica.

    Abraços

    Antonioferreirarosa.blogspot.com

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  4. Barros

    Muito me honrou o comentário que você fez sobre o ponto 2 do resumo de UMA NOVA TEOLOGIA PARA A HUMANIDADE. Entretanto há que se fazer as seguintes considerações:

    Você insinua que eu recorro a bíblia para justificar o que digo em minhas teses. Não é verdade, em meus pronunciamentos, sempre combati as mitologias bíblicas.
    Não há nenhuma vinculação de qualquer ponto de minha tese com passagens bíblicas.

    Nunca disse que o Deus a quem me refiro é o deus Cristão. O Deus a quem me refiro é apenas o Deus que planejou e criou você, e todo o universo. O deus cristão é mitológico, possui vários atributos humanos, necessita ser louvado, bajulado, é capaz de castigar e premiar ao bel prazer etc, etc. Acho que você não lê direito o que eu escrevo.

    Você pergunta sobre o que afirmo no ponto 2 : ....COMO EU SEI DISSO? Meu caro já afirmei várias vezes, em várias oportunidades, que ninguém é dono da verdade. O que eu afirmo é apenas uma probabilidade possível e mais coerente do que a maioria, inclusive do que a sua.

    Sinto muito meu caro Barros enquanto a humanidade não produzir uma tese que tenha crédito de todos e descobrir a verdade absoluta, aceita por todos, temos nos contentar com a minha, a sua, apesar de menos provável que a minha, e outras tantas por aí.

    Abraços

    Antonioferreirarosa.blogspot.com

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  5. Grande Barros!



    É incrível a sua capacidade de distorcer o que eu escrevo mas, deixa pra lá ainda bem que o diálogo, para mim pelo menos, é alguma coisa inesgotável.

    O direito de discordar, coerentemente, é sagrado mas você não tem sido coerente em sua refutações.

    Por exemplo quem disse que o Deus que me refiro é só meu. Só você. De onde você tirou isto?

    Você diz da possibilidade de todos estarem adorando o Deus errado menos eu. A palavra todos esta incluindo você? Sim porque eu não sei mais se você é ateu ou se você defende algun tipo de Deus “certo” alem daquele a quem me referi.

    Gostaria que você me definisse a palavra ateu e se você se inclui na definição. Se não for muito incômodo.

    Quando eu digo que o Deus criador do universo não é o Deus cristão estou dizendo que não é o Deus da forma conceituada por eles: vingativo, temperamental, capaz de premiar, capaz de punir, capaz de permitir que quase toda a humanidade seja “perdida” para um, suposto, adversário chamado demônio. Etc.

    Bom, estou esperando sua definição, ou você tem algum impedimento para isto?



    Antonioferreirarosa.blogspot.com

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