Observando a evolução da ciência e do
conhecimento, sob o prisma da antropologia, adquiri a
convicção de que o domínio da
ciência e do conhecimento, sobre a
morte, é apenas uma questão de tempo, mais alguns séculos. Creio que
estamos nas últimas gerações a fazer a transição para a vida não terrena,
através do processo tradicional (morte). Creio que no fim da evolução, quando
tivermos adquirido o CONHECIMENTO ABSOLUTO, que estamos construindo lentamente,
passo a passo, de geração a geração, essa transição ocorrerá de forma controlada e
voluntária, sem traumas e sofrimentos.
Creio que o alicerce desta conquista
está no avanço do conhecimento sobre o nosso genoma, sobre as células tronco,
na evolução da tecnologia, do conhecimento científico em geral. Creio que, muito antes de adquirirmos a
capacidade de nos desmaterializarmos, voluntariamente e, voltarmos à matéria
novamente, teremos adquirido um domínio, ainda “primitivo”, sobre a morte. Penso que dentro mais alguns
séculos será possível copiarmos a nossa mente e consciência, em um super-hiper
computador e transferi-la posteriormente para um corpo jovem, feito,
possivelmente, apartir de uma única célula do nosso corpo velho. Vale lembrar
que, hoje, já fazemos isso com vários tecidos humanos, inclusive ossos.
Nesse corpo jovem, sem nenhuma
informação em seu cérebro, exceto as biológicas, seria reinstalada novamente a nossa mente e
consciência, dando continuidade à vida de forma muito mais madura e
interessante. Uma consciência, uma vida, uma experiência, por exemplo, de 150 anos,
num corpo de 18 anos. Esta forma de driblar a morte pode ser considerada uma possibilidade
intermediária, anterior ao domínio total e eficaz das
causas do envelhecimento do corpo original.
E, esse estágio evolutivo
marcará uma mudança extremamente significativa no ritmo e na forma de acumulação do conhecimento na
espécie humana. Hoje lentamente, de geração à geração, perdendo-se quase
totalmente com a morte, para uma acumulação
rápida, sempre nos mesmos indivíduos dentro de uma geração que não teria mais o
fim, já que seus indivíduos não mais morreriam.
Vale lembrar que um estágio de
desenvolvimento como este que cogito aqui, ainda está longe do CONHECIMENTO
ABSOLUTO (domínio total do TEMPO, do
ESPAÇO e da MATÉRIA), absolutamente, necessário para a possibilidade da
desmaterialização e materialização da mente e da consciência, necessária, para
atingirmos o status dos “DEUSES”, ou o lugar onde habitam os “DEUSES” ou “DEUS”
como queiram.
Obviamente, não tenho conhecimento
sobre estes e vários outros aspectos da ciência que possibilitarão esta
conquista. Minha ferramenta de imaginação é a filosofia a história e a
antropologia. Com base nestas três áreas do conhecimento consegui eliminar,
para mim pelo menos, a dualidade " vida material x vida espiritual". Para mim existe uma realidade só. Uma quarta
dimensão (possibilidade da vida fora da matéria), além das três já conhecidas
(tempo espaço e matéria), que não conhecemos ainda, mas que somente a evolução propiciada pela ciência e a
tecnologia, o conhecimento do cosmos, do universo, poderão nos revelar.
Portanto o que, hoje, chamamos de vida ou “realidade espiritual”, existe, mas,
não é essa coisa mística e misteriosa que as religiões e os religiosos querem.
É apenas uma forma, ainda não conhecida, de existência da consciência (nós
mesmos), fora da matéria, ou na própria matéria, mas talvez em outro sistema
solar ou em outra galáxia. Creio que
existe vida após a morte, entretanto, esta vida após a morte não tem nada a ver
com mistérios, nem com aspectos do “sobrenatural”. Tem a ver apenas com
conhecimento não desvelado, apenas com ciência não estudada ou desenvolvida.
Creio , também , que todos os
contribuíram com suas, primitivas, existências e sacrifícios para essa epopeia
evolutiva, não terão se perdido, foram e continuam sendo “salvos”, após a
desmaterialização involuntária (morte), por aqueles que já estão em um lugar onde o CONHECIMENTO ABSOLUTO já existe e, é a
essência última de tudo, é o apogeu da ciência e do conhecimento, ou o que chamamos hoje,
“religiosamente” falando, de PARAÍSO. O que não deixa de ser, de certa forma, uma
verdade já que neste estágio do desenvolvimento do ser humano não existe mais,
absolutamente, nenhum tipo de problemas, sofrimentos ou limitações existencial de quaisquer naturezas. É o estágio
da perfeição e da felicidade absolutas, podemos dizer. Teremos acessado ao Status dos “DEUSES”, ou teremos acessado ao
lugar onde habitam os “DEUSES”. Ao final, pela ODISSEIA evolutiva da ciência e
do conhecimento da humanidade na terra. Em outras palavras, de certa forma,
pelos nossos próprios méritos, retornamos às origens.
Antonio Ferreira Rosa