A mulher conquista sua independência biológica relacionada à reprodução,
gradativamente, valendo-se da evolução da ciência e do conhecimento... Deu o
primeiro grande passo em direção a liberdade, quando se livrou do jugo da
gravidez indesejada, com o advento da “PÍLULA”, há mais ou menos cinqüenta
anos...
Já foi considerada, pela ignorância das sociedades patriarcais do
passado, imunda, e, indigna até mesmo de entrar nos templos por causa da natural,
porém, desconfortável particularidade biológica da menstruação... Também neste
caso a tecnologia proporcionou mais uma
importante conquista: já não precisa mais passar pelo, outrora, eterno
desconforto, a medicina e os controles hormonais modernos, já permite evitá-la
por anos a fora.
No futuro, penso, outra grande conquista proporcionada pela ciência e a
tecnologia acontecerá, a gestação não subjugará mais a mulher por longos nove
meses como tem feito nos últimos milhões de anos, causando desconfortos,
sofrimentos dos mais variados e, até mesmo milhões e milhões de mortes... ÚTEROS
ARTIFICIAIS serão uma opção; possibilitarão a gestação com mais segurança para
mães e para filhos; com mais possibilidades de controles, e com mais qualidade;
sem o desconforto, o sofrimento e a imobilização da mulher...
Pesquisas recentes dão a última tônica sobre o “perfil tradicional” da
função maternal, constata que a, antiga “premissa” de que a mulher tem que ser
mãe para se realizar, é falsa, não passa de mito; segundo os estudos a mulher
moderna se realiza plenamente, tal como o homem, por outras funções e valores
inerentes à sociedade...
Antonio Ferreira
Rosa.